Mais uma força tarefa para combater a proliferação de caramujos africanos, em São Luís, foi realizada por diversos órgãos públicos. Desta vez, agentes da Prefeitura de São Luís, da Secretaria Estadual e Municipal de Meio Ambiente, UEMA, Blitz Urbana e Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) promoveram a operação de coleta do molusco e conscientização da população da região.
Ao todo, setenta agentes públicos participaram da intervenção, que foi dividida em duas frentes, uma equipe atuando na Ponta D’ Areia e outra mobilizada para a área do Asilo de Mendicidade, no bairro São Francisco, onde inúmeros moluscos também foram encontrados.
Sem predadores naturais e com condições climáticas bastante favoráveis, os caramujos se reproduzem em grande velocidade na capital maranhense e por isso, já representam uma preocupação aos moradores e às autoridades.
“Eu acho muito importante esse tipo de trabalho, porque a população começa a se conscientizar sobre a problemática da infestação desses caramujos, que podem até transmitir doenças para a população. Sem dúvidas, o envolvimento do poder público potencializa essas ações de combate e acaba nos trazendo mais tranquilidade”, disse a senhora Thalita Abreu, moradora do bairro Ponta D’Areia.
Para ao tenente coronel Francisco do CBMMA, que esteve presente na operação comandando uma equipe de vinte bombeiros, a retirada dos caramujos e a identificação da ameaça que eles podem representar são os principais alvos da força tarefa. “O nosso objetivo aqui é realizar o recolhimento do maior número de caramujos e coletar alguns exemplares para serem examinados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a fim de que possamos identificar a presença de possíveis agentes infecciosos”, disse o coronel.
Caramujo Africano
O caramujo africano é uma espécie de molusco terrestre tropical, originário do leste e nordeste da África. Foi mundialmente disseminado pela ação humana, por meio da gastronomia, sendo utilizado como opção para o escargot na região da Tailândia, China, Austrália, Japão e recentemente no continente americano.
A espécie é considerada uma das cem piores invasoras do mundo, causando sérios danos tanto para o meio ambiente quanto para a saúde pública.